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terça-feira, 30 de março de 2010


OLHINHOS NA TIGELA
Nadir A D’Onofrio

Hoje ao ler o texto do amigo e poeta, Alexandre Tambelli,
relembrei uma passagem histórica!
Voltei ao meu tempo de criança... adoro polenta,
neta de italianos, esse alimento em minha casa era constante,
Nesta época a qual me refiro, eu deveria ter meus cinco anos,
lembro-me, que faltou farinha de trigo, só não sei o motivo
e com isso, minha querida mãe tinha que preparar
esse alimento diariamente, para que comêssemos
no café da manhã, coitada!
Além de fazer a polenta, utilizando um"fogão, cujo combustível,
era o carvão", ainda tinha que fritá-la, pois eu colocava
pedacinhos de polenta, dentro de minha tigelinha de leite com café,
e dizia que queria ver, "olhinhos na tigela”, é obvio que,
os ditos só se formavam, pelo óleo contido na fritura.
E lá ia D. Yolanda fritar a polenta, pasme isso tudo,
era feito pela manhã.
Hum, sinto o sabor, como se tivesse degustando!
Penso, que terei que saborear polenta hoje,
mas fritá-la, atualmente não suporto cheiro de fritura.
Minha mãe, também dizia que não o suportava,
no entanto sujeitava-se, só para agradar-me.
O que as mães não fazem pelos filhos!
Uma das tantas lembranças que permanecem intensas.

Saudade...

20-02-2010- 7:44h
Serra Negra SP




DE OLHO NO OLHINHO
Oswaldo Castellari

Estou de olho na tigela
Que a mamãe preparou
Um quitute de cor amarela
Que hoje meu coração lembrou.

De um tempo que já passou
De minha mamãe lembrar
O quitute da tigela ficou
No paladar o seu saborear.

Vou contar de vez
O que é o quitute
Que a mamãe fez
A grande magnitude.

É a polenta italiana
Feito de olhinhos na tigela
Sua delicia é tamanha
Nenhum outro quitute supera.

Ai senti saudades
Do olhinho na tigela
E de D. Yolanda... Verdade!
Nesta homenagem... Meu poema encerra

http://www.nadirdonofrio.com/




2 comentários:

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa tarde, amiga Guida.
Ai... que lindo! O texto, a poesia ritmada...
A nostalgia boa, que acaba somando o cotidiano.

Um grande abraço.

Nadir D'Onofrio disse...

Guida querida, Feliz com sua delicadeza ao presentear-nos, hospedando meu texto, e a poesia do poeta Oswaldo Castellari, aqui em sua casa.
Uma surpresa muito bem vinda, nesta noite fria, aqui na serra!
Se espaço está lindo, como tudo o que você faz!
Agradeço imensamente, em nome do Oswaldo também, e a Amapola, por sua leitura e comentário, repleto de carinho.
Beijos meus e uma noite de paz à todos vocês....Nadir